A atividade econômica no Brasil acelerou em 2013, após o crescimento moderado em 2012. O resultado refletiu a expansão robusta do setor agropecuário, especialmente no primeiro semestre do ano, a retomada do crescimento da indústria e a recuperação efetiva dos investimentos.
Nesse contexto, em relação ao mesmo período de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou expansão nos três primeiros trimestres de 2013, ainda sustentado pelo dinamismo da demanda interna.
Do lado da demanda, destaque-se a forte recuperação da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) nos dois primeiros trimestres do ano, impulsionada pelo aumento da produção de bens de capital e de insumos da construção civil. No mesmo período, o consumo das famílias manteve trajetória de crescimento, embora em ritmo modesto, resultado condizente com a evolução recente dos rendimentos e do crédito no período.
A FBCF é um indicador que mede o quanto as empresas e o Estado aumentaram os bens de capital do país – máquinas, equipamentos e material de construção utilizados para produzir outros bens. Esse indicador mostra se a capacidade de produção do país está crescendo.
A análise da oferta revela desempenho robusto do setor agropecuário, sustentado pelo expressivo crescimento da produção de grãos, pela retomada do setor industrial, especialmente no segundo trimestre do ano, e pela expansão moderada do setor de serviços.
No âmbito da demanda, o setor externo (representado pelo saldo, em volume, entre as exportações e as importações de bens e serviços) afetou negativamente o crescimento, no acumulado do ano até o terceiro trimestre, resultado de incremento expressivo das importações, enquanto as exportações apresentaram expansão modesta. Parte desse resultado se deve ao saldo comercial do segmento de combustíveis, na medida em que houve redução nas exportações concomitantemente com o registro defasado de importações que, ocorridas no segundo semestre de 2012, somente foram contabilizadas em 2013.
O mercado de trabalho continuou a apresentar evolução favorável. A taxa de desemprego manteve-se em níveis historicamente baixos, embora o ritmo de geração de empregos tenha desacelerado. Não obstante os sinais de moderação, o rendimento médio real manteve trajetória de crescimento.