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O BCB tem atuado para que haja cédulas e moedas em quantidade suficiente e de boa qualidade disponíveis no país. Em 2013, a instituição deu continuidade à modernização das cédulas do real no intuito de torná-las ainda mais seguras.
Foram lançadas as cédulas de 2 e de 5 reais. Para facilitar a identificação pela população, foram utilizados elementos de segurança que também estão presentes nas notas de 10, de 20, de 50 e de 100 reais, como a marca d’água, o número escondido e o alto-relevo.
Adicionalmente, as cédulas de 2 e de 5 reais, por terem maior circulação, apresentam uma camada protetora aplicada nos dois lados das cédulas, diminuindo a absorção de sujeira. Essa proteção é transparente, imperceptível ao tato e não interfere no aspecto visual nem na verificação dos elementos de segurança.
A Segunda Família do Real
O lançamento das cédulas de 2 e de 5 reais completa o processo de modernização do real, iniciado, em 2010, com as cédulas de 50 e de 100 reais e, em 2012, com as cédulas de 10 e 20 reais. Apesar de a moeda brasileira ser considerada segura, o BCB optou pela mudança como ação preventiva, de forma a continuar garantindo a segurança do real nos próximos anos.
Além de aumentar a segurança, a modernização trouxe mecanismos mais confiáveis para verificação da autenticidade das cédulas por todos os segmentos da sociedade, inclusive pelas pessoas com deficiência visual, o que diminui o risco de prejuízo individual para o cidadão. Os números são maiores, o que facilita a leitura para quem tem visão subnormal, e o tamanho da nota varia de acordo com o valor, o que facilita a identificação de notas diferentes.
O BCB promove rotineiramente o saneamento do meio circulante, ou seja, retira de circulação as cédulas e moedas sem condições de uso e coloca outras no lugar. A ação também contribui para a segurança do dinheiro, já que, quanto mais nova a cédula, mais fácil é a identificação dos elementos que possibilitam a verificação da sua autenticidade.
No período, houve aumento de 8,9% do dinheiro em circulação em relação ao ano anterior, chegando a R$204 bilhões. Excetuando-se a denominação de 20 reais, verificou-se crescimento na circulação de todas as denominações de cédulas e moedas, o que reflete as ações empreendidas para aumento da disponibilidade de troco. Foram substituídas 2,4 bilhões de cédulas desgastadas e sem condições ideais de uso.
Das cédulas em circulação, as notas recém-lançadas de 2 e de 5 reais ainda respondem por um pequeno percentual do total. Por outro lado, as cédulas de 10, de 20, de 50 e de 100 reais da segunda família já representam parcelas muito significativas do total em circulação, em suas denominações.
Para garantir a qualidade do dinheiro em circulação, o BCB realiza operações de suprimento e recolhimento contínuo de cédulas e moedas em todo o país. Por meio de contrato, o custodiante contratado, o Banco do Brasil, recebe o dinheiro avariado e desgastado das suas agências e dos outros bancos e o entrega ao BCB. Também retira novas cédulas e moedas no BCB e as distribui a suas agências e a outros bancos. Esses procedimentos são acompanhados sistematicamente pelo BCB para assegurar a qualidade e a segurança do serviço executado. Em 2013, o BCB realizou 83 inspeções nas dependências mais importantes do custodiante em todo o país.
Buscando otimizar o uso de recursos para a realização das inspeções, em especial em cidades distantes das capitais, foram promovidas reuniões com bancos e entidades de classe locais – em particular com as associações comerciais e dirigentes lojistas. Os principais objetivos foram mostrar os benefícios da conservação das cédulas e da circulação de moedas e dar instruções sobre o reconhecimento do dinheiro legítimo. Essa é uma forma de o BCB se fazer presente em todo o país e conhecer mais de perto as demandas da sociedade em relação ao dinheiro em circulação.
Periodicamente, o BCB realiza pesquisa para avaliar como a sociedade utiliza o dinheiro, em especial, em relação aos aspectos de conservação das cédulas, dos hábitos de uso e da identificação dos elementos de segurança.
A pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro promove cerca de 2 mil entrevistas (metade realizada com a população em geral, acima de dezoito anos, e metade com pessoas em atividade de comércio), realizadas em cidades com mais de 100 mil habitantes, localizadas em todas as regiões do país.
O levantamento feito em abril e maio de 2013 indicou que a cédula não estar rasgada continua sendo o aspecto mais importante para a população. A percepção das pessoas em relação ao estado de conservação das cédulas se manteve a mesma em relação à última pesquisa, feita em 2010.
Em um mês típico, a população pesquisada declara gastar, em média, R$ 847,00 com pagamento de despesas. Desse volume, 72% são quitados com dinheiro. Cartão de crédito é empregado em 15% das liquidações; e cartão de débito, em 11%. Resumidamente, para a população em geral, o dinheiro continua sendo o meio de pagamento mais presente, seja pela frequência de uso, seja pelo volume utilizado.
Assim como observado em 2010, para uso no dia a dia, as notas de 10 e de 20 reais são as preferidas do público, enquanto que as de 2, de 5 e de 10 reais são aquelas cuja falta é mais percebida quando é necessário fazer um pagamento.
Usadas para fazer pagamentos e facilitar o troco, a maioria das moedas é colocada em circulação. Todavia, 30% das moedas recebidas ainda são deixados em casa, dos quais grande parte guardada por apenas uma semana. Em relação às moedas comemorativas, 79% da população declararam não conhecê-las.
A frequência com que se verifica se a cédula é verdadeira depende de seu valor. Para as cédulas de valor alto, 60% declaram verificar a autenticidade; já para as de baixo valor, apenas 20% verificam.
Entre os elementos de segurança indicados pelo BCB, de modo geral, marca-d’água e fio de segurança são os mais conhecidos e os indicados pela população para reconhecer uma nota verdadeira. Além dos elementos corretos, são mencionados também aspectos da nota, como textura, cor da tinta, espessura.
O BCB lançou moeda comemorativa em homenagem à cidade de Diamantina. A moeda é de prata, com tiragem de 3 mil peças, e pertence à série numismática “Patrimônio da Humanidade no Brasil – Unesco”.