Relatório da Administração

2012

Operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional

As operações de crédito do SFN apresentaram evolução moderada, em linha com o arrefecimento da atividade econômica, potencializado pela perspectiva de baixo crescimento da economia global por período prolongado, com impactos nas decisões de investimento, consumo e produção.

A dinâmica do crédito foi sustentada pela tendência de expansão mais intensa no segmento de recursos direcionados, beneficiada pelo vigor do crédito habitacional e pelos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltados a projetos de infraestrutura.

A evolução do mercado de crédito transcorreu em ambiente de acentuado declínio das taxas de juros, que alcançaram os níveis mais baixos das séries históricas. Esse movimento refletiu as ações de flexibilização da política monetária, bem como a expressiva redução dos spreads bancários, em cenário de estabilização dos índices de inadimplência.

Nesse contexto, para as modalidades que compõem o crédito referencial para taxa de juros, a taxa média de juros e o spread bancário recuaram, respectivamente, 9 pontos percentuais (p.p.) e 5,8 p.p. no ano de 2012, situando-se em 28,1% a.a. e 21,1% a.a., enquanto o percentual de inadimplência, computados os atrasos acima de noventa dias, atingiu 5,8%, elevando-se 0,3 p.p. no período considerado.

O volume total de crédito bancário, compreendidas operações com recursos livres e direcionados, atingiu R$2,4 trilhões em dezembro, resultando em crescimento de 16,2% em doze meses. Em consequência, a relação crédito/PIB alcançou 53,5%.

Os créditos com recursos livres somaram R$1,5 trilhão em dezembro, com expansão de 13,9% em doze meses, resultante de acréscimos tanto na carteira de pessoas físicas quanto na de pessoas jurídicas.

No crédito direcionado, os empréstimos totalizaram R$874 bilhões, registrando crescimento de 20,5% em doze meses, impulsionado pelo crédito habitacional e pelos financiamentos com recursos do BNDES, cujos saldos expandiram-se 37,6% e 12,4%, atingindo R$257 bilhões e R$472 bilhões, respectivamente.