O BCB, como representante do país em alguns fóruns e organizações, tem priorizado a superação de impasses, em prol da estabilidade econômico-financeira e do desenvolvimento global sustentável. Também tem promovido a agenda de reformas financeiras já acordadas e tem apoiado a maior representatividade das economias emergentes na revisão da arquitetura financeira internacional, em particular junto ao FMI.
Na pauta dos fóruns e organizações, vêm sendo debatidos não só os dilemas de política econômica e os riscos significativos para as políticas econômico-financeiras nacionais, como ainda o reforço às redes de proteção financeira multilateral, com destaque para a melhoria no perfil dos instrumentos do FMI.
Paralelamente, o BCB intensificou a cooperação com as autoridades monetárias das principais economias emergentes para criar instrumentos (como acordos bilaterais de swap em moedas locais e mecanismos contingentes multilaterais de swap de reservas) que minimizem as incertezas e mitiguem eventuais impactos das turbulências do cenário internacional sobre a economia brasileira.
Swap é um derivativo financeiro que tem por finalidade promover a troca simultânea de ativos financeiros entre os agentes econômicos envolvidos.
A volatilidade no preço das commodities e o surto de ingressos de capital para as economias emergentes permaneceram no rol de temas desafiadores na agenda, assim como as novas medidas monetárias não convencionais dos países avançados.
Já no que concerne aos temas estruturais da agenda financeira internacional, o debate sobre as origens da crise de 2008-2009 conferiu relevância a três grandes linhas de atuação: a) correção de desequilíbrios macroeconômicos globais; b) fortalecimento de aspectos regulatórios; e c) reforma do sistema monetário internacional. Os avanços vêm sendo obtidos, mas de maneira gradual.