O Programa de Educação Financeira
Contato com o cidadão
O
Programa de Educação Financeira do Banco Central (PEF-BC) envolve ações que
visam propiciar orientação à sociedade sobre assuntos financeiros, destacando o
papel do Banco Central como agente promotor da estabilidade econômica. O
propósito é contribuir para que as pessoas entendam as relações que influenciam
suas vidas na área da economia e das finanças.
Trata-se
de um programa sintonizado com tendências de bancos centrais de outros países e
de instituições financeiras modernas, que vêm aderindo a essa nova forma de
contato com os cidadãos, independentemente do segmento social a que estes
pertençam.
Novo parâmetro das relações sociais
As
transformações aceleradas no campo econômico-financeiro, a exemplo da oferta de
serviços e produtos bancários, geram duas categorias de pessoas: as que detêm
amplo conhecimento da área, sempre familiarizadas com as inovações; e um outro
grupo desconhecedor do tema, cada vez mais distanciado desses serviços e da
tomada de decisões conscientes para a construção de uma vida melhor.
O
“Manual de Comunicação Social do Banco Central”, editado na década de 80, já
assinalava:
Profundas
transformações de natureza estrutural e conjuntural estão a modificar o quadro
das relações sociais do mundo contemporâneo.(...) Novos parâmetros passam a
regular a postura dos cidadãos e das instituições, destacando-se, sobretudo,
requisitos como autonomia individual, interdependência, transparência e
cobrança social.
Assim,
é compreensível que haja preocupação com o desenvolvimento de competências que
permitam ao cidadão elevar sua qualidade de vida. Dentre essas competências,
destaca-se um aprendizado que lhe possibilite melhorar as decisões relativas a
gastos, poupança e utilização de créditos. É fundamental que o cidadão,
consciente de suas responsabilidades e direitos, possa contribuir com as
políticas voltadas à manutenção da estabilidade da moeda e do controle da
inflação.
Ações propiciadoras de cidadania
O
Banco Central exerce papel de extrema relevância na economia do País e,
conseqüentemente, grande influência na vida de todos os brasileiros. Mesmo assim, é visto de forma distanciada
pela maioria da população. Isso se deve, em parte, ao fato de muitos cidadãos
terem pouco conhecimento sobre a Instituição e sobre finanças, salvo no que diz
respeito ao seu orçamento doméstico.
Pesquisas
revelam que, para grande parte da sociedade, o Banco Central é uma instituição
com forte conteúdo virtual, com onipresença salutar para a economia, mas não é
visível e concreto. Diferentemente dos bancos comerciais, que têm caixa
eletrônico, talão de cheques, cartão magnético, onde se pode entrar para
depositar, sacar, aplicar, movimentar a poupança, fazer um empréstimo, pagar
uma conta e falar com o gerente.
Como
fonte geradora de informações para a mídia, o Banco Central recebe o impacto
das abordagens (positivas ou negativas) dos noticiários e dos meios técnicos
nas questões econômicas. Nesse aspecto, muitas vezes, até a imprensa não
especializada tem dificuldades de entender e expor, com clareza, tais assuntos
para o público.
Com
base nesse diagnóstico sintético, desenha-se o PEF-BC com informações relativas
ao universo do Banco Central, a partir de uma mudança de foco. Antes, dava-se
predominância ao fortalecimento da imagem institucional. Agora, prioriza-se o
conhecimento a ser oferecido à população, em que sobressai o papel do Banco
Central como propiciador de cidadania.
Disseminando conhecimentos sobre economia e finanças
O
PEF-BC tem como objetivo disseminar conhecimentos sobre assuntos
econômico-financeiros para a sociedade, oferecendo-lhe condições para refletir
a respeito da responsabilidade de cada pessoa no planejamento e na
administração econômica, apercebendo-se do papel do Banco Central e dos agentes
financeiros, de forma a gerar uma consciência que se reverta em práticas para a
melhoria da qualidade de vida. Nessa linha, o PEF-BC se propõe ao seguinte:
- assegurar uma base de educação
financeira que favoreça a população quanto ao entendimento dos aspectos
econômico-financeiros que afetam seu dia-a-dia, permitindo-lhe uma
administração responsável e consciente dos próprios rendimentos e bens;
- ampliar o grau de entendimento da
população sobre o que faz e como atua o Banco Central;
- apresentar noções sobre os órgãos
integrantes e sobre o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN);
- fornecer noções sobre as causas e
as conseqüências da inflação e sobre como a sociedade pode contribuir para
evitá-la;
- propiciar à população acesso aos
serviços oferecidos pelos agentes financeiros;
- sensibilizar e valorizar os
servidores do Banco Central, de forma a obter seu maior envolvimento e
participação nas ações do PEF-BC, transformando-os em potenciais
multiplicadores dessas ações.
Estrutura de ações segmentadas
O
PEF-BC está estruturado para ser permanente, com ações educativas de curto,
médio e longo prazos, segmentadas por
público: população em geral (pessoas físicas e jurídicas), estudantes
(ensinos fundamental, médio e superior), imprensa, parlamentares, ambiente
acadêmico, mercado financeiro etc.
Essas
ações estão vinculadas a um dos cinco pilares básicos, conforme o assunto:
- Planejamento Financeiro – Como administrar melhor o
dinheiro, noções sobre orçamento (empresarial ou doméstico), compras a prazo,
aplicações, consumo planejado etc.;
- Economia – Conhecimentos básicos sobre
inflação, taxas de juros, variação cambial, indicadores econômicos, poupança,
dívidas interna e externa, além de outros temas da atualidade, relacionados ao
dia-a-dia das pessoas;
- Operações Financeiras –Conceitos bancários,
tipos de operações, o que são e como funcionam os agentes financeiros, direitos
e deveres do correntista, denúncias e reclamações, relacionamento com o Banco
Central (entidades reguladoras e de supervisão etc.), microfinanças
(microcrédito e cooperativas);
- Banco Central – Banco Central do Brasil e
bancos centrais: o que são, como agem, funções, limites de atuação etc.;
- Meio Circulante – Uso e preservação de cédulas e
moedas; combate à falsificação; história do dinheiro.
Parcerias são bem-vindas
O
PEF-BC se propõe a englobar ações conduzidas pelos diferentes setores do Banco
Central e, nos limites do possível, viabilizar parcerias – com instituições
públicas, entidades de classe, organizações não governamentais, empresas
públicas e privadas etc.– sempre que o objetivo seja “construir,
compartilhar, disponibilizar e distribuir conhecimento financeiro” à sociedade,
de forma a contribuir com o exercício da cidadania.
Exemplos de ações implementadas
- Projeto Museu-Escola - Visitas monitoradas de
escolas ao Museu de Valores, em que são desenvolvidas atividades
lúdico-pedagógicas adequadas à faixa etária e ao nível de escolaridade da
turma. Atende anualmente a cerca de 15 mil estudantes de escolas públicas e
privadas do Distrito Federal e entorno. Ao final das visitas, são entregues aos
professores e aos alunos publicações do Museu de Valores e do Programa de
Educação Financeira, adequadas à faixa escolar dos visitantes (saiba mais sobre
o projeto).
- Projeto O Museu Vai à Escola
– Extensão do Projeto Museu-Escola, leva as palestras e exposições às escolas
do Distrito Federal e do entorno, utilizando a estrutura das escolas, com
vistas a despertar nos alunos e professores o interesse em visitar o Museu de
Valores do Banco Central e conhecer um pouco mais sobre a história do
dinheiro no Brasil e no mundo. As visitas são enriquecidas com o uso de
recursos audiovisuais e com a entrega de publicações do Museu de Valores e do
Programa de Educação Financeira.
- Projeto BC e Universidade -
Palestras mensais, ministradas por servidores do Banco Central nos auditórios
do Edifício-Sede, dirigidas aos estudantes de nível superior, esclarecendo
a atuação e as funções da Organização (acesse para ver a programação). As palestras são retransmitidas para todas as
gerências-regionais do Banco Central, chegando a cerca de 5 mil universitários
a cada ano. Os presentes recebem a cartilha “Banco Central, Fique por Dentro”
além de publicações vinculadas aos temas das palestras.
- Projeto BC Jovem - Área do site
do Banco Central destinada ao público
infanto-juvenil, busca oferecer educação financeira aos jovens e adolescentes,
utilizando a linguagem lúdica e dinâmica da internet. Encontra-se em
reformulação e terá, em breve, área de apoio para pais e professores, novos
jogos e conteúdos, segmentados em três faixas etárias, para os ensinos
fundamental e médio. (acesse o BC Jovem)