Apresentação


O Banco Central do Brasil tem mais de 50 anos. A realização de entrevistas orais com personalidades que contribuíram para a sua construção faz parte da memória dessa Instituição, que tão intimamente se vincula à trajetória econômica do país.

As entrevistas realizadas permitem não apenas um passeio pela história, mas também vivenciar as crises, os conflitos, as escolhas realizadas e as opiniões daqueles que deram um período de suas vidas pela construção do Brasil. Ao mesmo tempo, constituem material complementar às fontes históricas tradicionais.

O conjunto de depoimentos demonstra claramente o processo de construção do Banco Central como instituição de Estado, persistente no cumprimento de sua missão. A preocupação com a edificação de uma organização com perfil técnico perpassa todos os entrevistados. Ao mesmo tempo em que erguiam a estrutura, buscavam adotar as medidas de política econômica necessárias ao atingimento de sua missão.

Nossa expectativa com a publicação dessas entrevistas é contribuir com uma melhor compreensão acerca da evolução da Instituição e de sua atuação e estimular a busca por conhecimentos sobre a história econômica do país e sobre como o Banco Central busca seus objetivos de garantir a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez e eficiência do sistema financeiro.


 

Octavio Gouvêa de Bulhões

Ativo 2

Octavio Gouvêa de Bulhões nasceu no Rio de Janeiro e formou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, mesma escola onde obteve seu grau de doutor.

Dentre suas importantes contribuições para a economia brasileira, destacam-se a preparação das bases para a criação do Banco Central do Brasil, tendo como embrião a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), para a qual foi nomeado superintendente em 1961; e a criação, em parceria com Roberto Campos, do Plano de Ação Econômica do Governo (Paeg), implementado em 1964, quando Bulhões era o ministro do Planejamento e Coordenação Econômica do governo de Castelo Branco.

Bulhões defendia, e era seguido por muitas personalidades da área econômica, que o Brasil precisava ter uma moeda estável e, para isso, precisava ter um banco central.


Ativo 3
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Alexandre Kafka

Ativo 2

Alexandre Kafka nasceu em Praga, na República Tcheca, em 1917. Bacharelou-se em Economia pelo Balliol College em Oxford.

No início dos anos 1950, foi um dos organizadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e atuou como conselheiro econômico da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc). Kafka e Roberto Campos foram assessores de Eugênio Gudin, então ministro da Fazenda, entre 1954 e 1955.

Alexandre Kafka foi representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI) – onde exerceu o cargo de diretor-executivo por 32 anos, entre 1966 e 1998. Durante todo esse tempo, Kafka foi testemunha das mais importantes transformações econômicas pelas quais o mundo passou.

Ativo 3

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Denio Nogueira

Ativo 2

Denio Nogueira nasceu no Rio de Janeiro e tornou-se bacharel pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas do Rio de Janeiro em 1943. Estudou também na Universidade de Michigan nos Estados Unidos.

Como diretor-executivo da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), coube-lhe a tarefa de negociar a aprovação do projeto de criação do Banco Central do Brasil, finalmente concretizada pela promulgação da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. Em abril de 1965, Denio Nogueira tornou-se o primeiro presidente do Banco Central, comandando a instituição nos seus dois primeiros anos de existência.

Ativo 3

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Casimiro Ribeiro

Ativo 2

Nascido em Joinville, Santa Catarina, Casimiro mudou-se com a família para o Rio de Janeiro e estudou no Colégio Aldridge, onde conheceu figuras como Sérgio Porto (criador do icônico Stanislaw Ponte Preta) e Leon Eliachar. Desenvolveu um grande apreço pela literatura, mas, para começar a ganhar seu próprio dinheiro, fez concurso para o Banco do Brasil em 1941.

Apesar de não ter sido presidente do Banco Central do Brasil, coube a ele a importante missão de transferir a Carteira de Redesconto do Banco do Brasil para o BCB, deixando seu nome na história da economia brasileira, ao lado de Octavio Bulhões e Denio Nogueira.

Ativo 3
 

Ruy Leme

Ativo 2

Ruy Aguiar da Silva Leme nasceu em São Paulo em 1925. Foi ele quem criou o primeiro curso de Engenharia de Produção no Brasil, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), e também foi diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da mesma Universidade.

Em 1967, foi convidado pelo então ministro da Fazenda, Delfim Netto, para ocupar o cargo de presidente do Banco Central do Brasil. O ambiente econômico do país era de recessão e inflação. Foi o principal responsável pela elaboração das Resoluções 51 a 88 que, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), deram continuidade à reforma do Sistema Financeiro Nacional.

Ativo 3

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Ernane Galvêas

Ativo 2

Natural de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, Ernane Galvêas sonhava em ser médico ou advogado. Seu primeiro contato com a área econômica se deu quando prestou concurso para o Banco do Brasil, em 1942, e começou a trabalhar em uma agência no bairro carioca do Méier.

Em suas duas gestões como presidente do Banco Central do Brasil (de 1968 a 1974 e de 1979 a 1980), capitaneou reformas das instituições econômicas nas áreas de comércio exterior, dívida pública e sistema financeiro. Em fevereiro de 1980, assumiu o Ministério da Fazenda.

Ativo 3

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Paulo Lira

Ativo 2

O economista Paulo Lira nasceu em 1930, no Rio de Janeiro. Começou a cursar a Faculdade de Direito, tradicional instituição carioca, mas sempre flertou com a Economia. Foi na Columbia University que ele se rendeu às ciências econômicas.

Teve duas passagens pela diretoria do Banco Central do Brasil. Foi diretor da Área Cambial no mandato de Ernane Galvêas e assumiu a presidência do BCB durante o mandato de Ernesto Geisel como presidente da República. Foi o responsável pela construção das sedes próprias do Banco nos estados, finalizou a transferência dos serviços do Rio de Janeiro para Brasília e realizou os primeiros concursos para o BCB.

Ativo 3

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Carlos Brandão

Ativo 2

Nascido em Passos (MG), Carlos Brandão mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de ser oficial da Marinha. No entanto, as inscrições já estavam encerradas, e ele acabou encontrando um emprego no Banco Hipotecário Agrícola. Tempos depois, foi aprovado no concurso do Banco do Brasil.

Em seu mandato como presidente do Banco Central do Brasil, foi criado o Comitê do Mercado Aberto. Brandão considerava imprescindível o acompanhamento global da evolução da economia brasileira e, para tanto, acreditava ser preciso analisar não apenas questões relativas à política monetária, mas também às políticas cambial e fiscal.

Ativo 3

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Carlos Geraldo Langoni

Ativo 2

Carlos Geraldo Langoni nasceu em Nova Friburgo (RJ), em 1944. Prestou vestibular para Economia na Faculdade Nacional de Economia, na capital carioca. Foi o primeiro brasileiro a obter o doutorado em Economia na Universidade de Chicago.

A convite de Ernane Galvêas, Langoni assumiu a diretoria da Área Bancária do Banco Central em 1970. Durante seu mandato, foi criado o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), um dos primeiros sistemas no mundo a assegurar a liquidação virtual de operações com títulos públicos. Em janeiro de 1980, assumiu a presidência do BCB, permanecendo no cargo até setembro de 1983. Em sua gestão, adotou uma política monetária ativa de taxa de juros reais, o que gerou um severo aperto de liquidez com impacto sobre diversas instituições financeiras.

Ativo 3

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Affonso Celso Pastore

Ativo 2

Affonso Celso Pastore nasceu em 1939, na capital paulista. Graduado e pós-graduado em Economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). Foi professor titular do Departamento de Economia e também diretor da FEA/USP.

Quando assumiu a presidência do Banco Central, em 1983, o Brasil já vivia a crise da dívida externa. Os esforços, naquele momento, concentravam-se na renegociação da dívida e na busca por linhas de financiamento que mantivessem a economia brasileira em funcionamento.

Ativo 3
 

Carlos Lemgruber

Ativo 2

Antônio Carlos Lemgruber nasceu no Rio de Janeiro, em 1947. Formou-se na Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e começou a trabalhar como jornalista econômico no jornal Folha de S. Paulo.

Assumiu a presidência do Banco Central do Brasil a convite de Tancredo Neves, em março de 1985. Foi o primeiro presidente da Instituição após o fim do regime militar. Apesar de a economia ter apresentado uma discreta melhora naquele ano, a inflação ainda estava alta. O Fundo Monetário Internacional aguardava a posse do novo presidente para retomar um possível acordo. A morte de Tancredo e a posse de Sarney acabaram por alterar os planos da equipe econômica.

Ativo 3

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Fernão Bracher

Ativo 2

Fernão Bracher nasceu na cidade de São Paulo, em 3 de abril de 1935. Seus estudos superiores foram direcionados para o Direito, e seu primeiro contato com a Economia se deu quando foi convidado para ser assistente de diretoria do Banco Bahia.

Depois de um período como diretor da Área Cambial do BCB, assumiu, em agosto de 1985, a presidência da Instituição. Seu mandato foi marcado pela criação da Diretoria para Assuntos da Dívida Externa (Divex), pelo combate à inflação ascendente e pela implementação do Plano Cruzado.

Ativo 3
 

Fernando Milliet

Ativo 2

Nascido na cidade de São Paulo em 13 de março de 1942, Fernando Milliet de Oliveira cursou a Faculdade de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas. Em 1968, prestou concurso para dar aulas na FGV e foi aprovado.

Assumiu a presidência do Banco Central do Brasil em maio de 1987, pouco depois da suspensão temporária dos pagamentos de juros incidentes sobre a dívida bancária de médio e longo prazos com o exterior. Milliet trabalhou no sentido de converter a dívida externa em pagamentos escalonados, mas, no momento em que considerou que não obteria mais avanços em seu equacionamento, decidiu sair do Banco Central.

Ativo 3
 

Elmo de Araujo Camões

Ativo 2

Em 31 de janeiro de 1927, a cidade do Rio de Janeiro foi cenário do nascimento de Elmo Camões. Aos dezoito anos, Elmo prestou concurso para o Banco do Brasil e, aprovado, mudou-se para São Borja, no Rio Grande do Sul. Dois anos depois, retornou ao Rio. Tancredo Neves era, à época, diretor da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil.

Elmo Camões assumiu a presidência do Banco Central em março de 1988, com inflação elevada, deficit público significativo e crescimento baixo. Durante sua gestão, foram criadas novas regras de ingresso no Sistema Financeiro Nacional, as quais atraíram bancos internacionais e, por reciprocidade, bancos brasileiros puderam se instalar ou expandir sua presença no exterior. Foi também durante seu mandato que a carteira de crédito rural foi transferida para o Banco do Brasil, extinguindo-se a Diretoria do Crédito Rural e Industrial do Banco Central.

Ativo 3
 

Wadico Bucchi

Ativo 2

Wadico Bucchi nasceu na capital São Paulo, em 4 de agosto de 1951. Seu primeiro contato com a Economia foi aos dezenove anos, quando trabalhou no Banco de Crédito Nacional. Wadico se graduou em administração de empresas e em ciências contábeis na Universidade Mackenzie e fez mestrado em finanças e política monetária na Universidade da Califórnia.

Foi diretor da Área Bancária do Banco Central do Brasil e, em junho de 1989, assumiu a presidência da Instituição. Foi o primeiro presidente do BCB a tomar posse após a promulgação da Constituição de 1988 e, portanto, também o primeiro a ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em outubro de 1989.

Ativo 3
 

Ibrahim Eris

Ativo 2

Ibrahim Eris nasceu na Turquia em 1944. Formado em Economia e Estatística pela Middle East Technical University, fez doutorado na Vanderbilt University, nos EUA. Para acompanhar a esposa, que era professora da Universidade de São Paulo (USP), mudou-se para o Brasil em 1973.

Foi presidente do Banco Central do Brasil entre março de 1990 e maio de 1991, quando Fernando Collor de Mello era presidente da República e Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia, Fazenda e Planejamento. O Plano Collor foi implantado durante o seu mandato, sem o sucesso esperado. Apesar da frustação com o plano de estabilização, Eris destaca que muito foi feito pela economia brasileira naquele período, como o início de um importante processo de abertura econômica, o desenho do processo que levou a diversas privatizações e o incremento de incentivos à desburocratização.

Ativo 3
 

Pedro Bodin

Ativo 2

Carioca, nascido no bairro de Botafogo em 1956, Pedro Bodin graduou-se em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Fez o mestrado nessa mesma instituição e o doutorado no Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos.

Com a morte de Francisco Gros em 20 de maio de 2010, o projeto História Contada do Banco Central do Brasil ficaria prejudicado sem o registro de um importante momento da trajetória do BCB. Foi feito um convite, gentilmente aceito, a Pedro Bodin, que participou ativamente dos fatos ocorridos durante o mandato de Gros, entre eles os desafios das restrições no mercado internacional, enquanto a dívida externa era renegociada, e da devolução à sociedade dos recursos retidos durante o Plano Collor.

Ativo 3
 

Paulo César Ximenes

Ativo 2

Nascido em 30 de dezembro de 1943, na capital carioca, Paulo César Ximenes foi aprovado no concurso do Banco do Brasil e tomou posse na agência de Londrina, no Paraná. Requisitado pelo Banco Central, voltou ao Rio de Janeiro e depois foi para Porto Alegre (RS), onde se graduou em Ciências Econômicas.

Em março de 1993, no mandato de Itamar Franco como presidente da República, Ximenes foi convidado pelo então ministro da Fazenda, Eliseu Resende, a assumir a presidência do Banco Central. Durante sua gestão no Banco Central, o crescimento da inflação e o desajuste fiscal da União eram duas questões que continuavam necessitando de ação imediata.

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Pedro S. Malan

Ativo 2

Foi em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, que Pedro Malan nasceu, em 19 de fevereiro de 1943. Formou-se em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e fez doutorado em Economia pela Universidade de Berkeley.

Em agosto de 1993, no mandato presidencial de Itamar Franco, foi convidado pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, para assumir a presidência do Banco Central do Brasil. Em abril de 1994, Malan concretizou, em Washington, o acordo da dívida externa, completando o longo processo de ativação dos contratos de redução e reestruturação dos débitos do país com os bancos credores internacionais. Participou também ativamente da elaboração do Plano Real.

Ativo 3
 

Persio Arida

Ativo 2

O paulista Persio Arida nasceu em 1º de março de 1952. Ao iniciar o curso de graduação em Economia na Universidade de São Paulo, a atração pelas aulas de modelagem econômica foi essencial para que se engajasse na vida acadêmica.

Em parceria com o amigo e também economista André Lara Resende, foi responsável pela concepção de uma proposta de estabilização monetária que ficou conhecida como “Larida” que propunha a adoção de uma moeda indexada para neutralizar os efeitos de um processo inflacionário entendido como inercial.

Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu a Presidência da República, Arida aceitou a presidência do Banco Central do Brasil. Permaneceu no cargo por cinco meses, período em que houve a consolidação do Plano Real.

Ativo 3
 

Gustavo Loyola

Ativo 2

Nascido em Goiânia (GO), em 19 de dezembro de 1952, Gustavo Loyola graduou-se em Economia pela Universidade de Brasília e obteve o título de doutor, também em Economia, pela Fundação Getulio Vargas.

Servidor de carreira do Banco Central do Brasil, foi diretor da Área de Normas e Organização do Sistema Financeiro Nacional de março de 1990 a novembro de 1992, quando assumiu a presidência da Instituição pela primeira vez, permanecendo até março do ano seguinte. Retornou à presidência do Banco Central em junho de 1995, permanecendo até agosto de 1997. Neste segundo mandato, o maior desafio foi encontrar soluções para reequilibrar o sistema bancário, uma vez que os problemas enfrentados pelos bancos guardavam forte relação com a questão da dívida dos estados naquele momento.

Ativo 3
 

Gustavo Franco

Ativo 2

Gustavo Franco nasceu em 10 de janeiro de 1956, na cidade do Rio de Janeiro. Graduou-se e obteve seu título de mestre em Economia na Pontifícia Universidade Católica. Na Universidade de Harvard, conquistou o título de doutor, especializando-se em economia internacional.

Foi presidente do Banco Central do Brasil entre agosto de 1997 e março de 1999, já tendo cumprido interinidade no cargo entre 31 de dezembro de 1994 e 11 de março de 1995, e sido diretor de Assuntos Internacionais entre setembro de 1993 e setembro de 1997. Teve participação central na formulação, operacionalização e administração do Plano Real, que alcançou rapidamente um de seus principais objetivos: uma drástica redução dos índices inflacionários.

Ativo 3
 

Francisco Lopes

Ativo 2

O mineiro Francisco Lopes graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. O título de mestre foi conquistado na Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas, e o de doutor, na Universidade de Harvard.

Com Persio Arida na presidência do Banco Central, Francisco Lopes assumiu a Área de Política Econômica, da qual foi o primeiro diretor. Coordenando o Departamento Econômico (Depec), participava ativamente das discussões referentes às políticas cambial e monetária. Na gestão de Gustavo Loyola, tornou-se diretor de Política Monetária e buscou institucionalizar o rito da tomada de decisão acerca do nível da taxa de juros básica da economia, com a consequente criação do Comitê de Política Monetária (Copom). No mesmo período, o Sistema Financeiro Nacional passava por grande reestruturação.

Ativo 3
 

Arminio Fraga Neto

Ativo 2

Arminio Fraga Neto nasceu na capital do Rio de Janeiro em 1957, em uma família fortemente ligada à área da Saúde. Por isso, foi um choque quando Arminio escolheu estudar Economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Completou o mestrado também na PUC-Rio em apenas um ano e meio, e seguiu para o programa de doutorado na Universidade de Princeton.

Ao assumir a presidência do Banco Central, no início de 1999, a recuperação da credibilidade na sustentabilidade da política econômica era central para a normalização da economia. Naquele ano, além da adoção do câmbio flexível, foi implantado o regime de metas para a inflação como mecanismo de coordenação de expectativas e condução de política monetária. Durante o período em que Fraga foi presidente do Banco Central, ocorreu um conjunto de choques adversos como a moratória argentina, o ataque às torres gêmeas em Nova York, a crise hídrica no Brasil, em 2001, e o ambiente de elevada aversão ao risco associado às eleições de 2002.

Ativo 3
 

Henrique Meirelles

Ativo 2

Nascido em 31 de agosto de 1945, na cidade goiana de Anápolis, Meirelles formou-se em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, pós-graduou-se em Economia e conquistou o título de mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Foi o presidente do Banco Central que mais tempo permaneceu no cargo: oito anos. Quando assumiu, a economia brasileira passava por uma crise com reflexos sobre a inflação, que havia atingido o nível de 12,2% ao ano em 2002. Apesar das dificuldades iniciais, Meirelles consolidou o tripé que sustentava a política econômica: regime de metas para inflação, câmbio flutuante e austeridade fiscal. Assim, o país chegou ao fim de 2005 com uma taxa de inflação de 3,2% ao ano. Meirelles enfrentou também a crise no sistema financeiro internacional de 2008, mas obteve sucesso ao adotar uma série de medidas que restauraram a liquidez interna e externa da economia brasileira.

Ativo 3
 
Octavio Gouvêa de Bulhões
Vol. 1

Octavio Gouvêa de Bulhões

274 págs

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Alexandre Kafka
Vol. 2

Alexandre Kafka

206 págs

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Denio Nogueira
Vol. 3

Denio Nogueira

244 págs

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Casimiro Ribeiro
Vol. 4

Casimiro Ribeiro

204 págs

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Ruy Leme
Vol. 5

Ruy Leme

64 págs

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Ernane Galvêas
Vol. 6

Ernane Galvêas

198 págs

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Paulo Lira
Vol. 7

Paulo Lira

106 págs

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Carlos Bradãoe
Vol. 8

Carlos Bradão

180 págs

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106 págs

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Affonso Celso Pastore
Vol. 10

Affonso Celso Pastore

58 págs

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Carlos Lemgruber
Vol. 11

Carlos Lemgruber

44 págs

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Fernão Bracher

54 págs

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Fernando Milliet
Vol. 13

Fernando Milliet

66 págs

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Elmo Camões
Vol. 14

Elmo Camões

54 págs

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Wadico Bucchi
Vol. 15

Wadico Bucchi

82 págs

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Ibrahim Eris
Vol. 16

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94 págs

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Pedro Bodin
Vol. 17

Pedro Bodin

64 págs

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Paulo Ximenes
Vol. 18

Paulo Ximenes

60 págs

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Pedro Malan
Vol. 19

Pedro Malan

124 págs

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Persio Arida
Vol. 20

Persio Arida

96 págs

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Vol. 21

Gustavo Loyola

146 págs

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Gustavo Franco
Vol. 22

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160 págs

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Francisco Lopes
Vol. 23

Francisco Lopes

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Arminio Fraga Neto
Vol. 24

Arminio Fraga Neto

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Henrique Meirelles

94 págs

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